Carta para a disciplina de matemática

18 de Abril de 2017                                                                                                     Algures no Minho

Detestável Matemática,

Estou realmente farta de ti. A minha paciência para te resolver e para te aconselhar como deves resolver os teus problemas acabou. Não consigo mais olhar para ti e ver essas raízes quadradas e de expoentes indeterminados sem querer atirar-te pela janela fora. Estou cansada de todas as tuas equações que tenho que resolver para perceber que a Maria come 15 maçãs de 15 em 15 horas, quando na realidade a Maria precisa é de um psicólogo. Cansei-me de todas as tuas funções que em vez de me limparem a casa, são coisas completamente diferente do sentido literal da palavra. O meu maior problema é que a maior parte das coisas que tu me tentas ensinar são como a opinião de qualquer pessoa, provavelmente não pedi e quase de certeza que não preciso dela, por isso a nossa longa relação acabou (mas conhecendo-te sei que me vais chatear para voltar para ti durante o resto da minha vida). Os meus pais sempre me avisaram que não devia andar com más companhias e na realidade não devia andar CONTIGO, uma vez que foste tu que me baixaste a média para 16. Mas os meus fantásticos pais não te culpam a ti, culpam os meus melhores amigos, o telemóvel e o computador, em vez de perceber que és tu que me fazes mal. Aliás, eles adoram-te e detestam que eu diga que te detesto, eles querem que que sejamos as melhores amigas. Mas eu digo NÃO! Estou realmente farta de ti.


Sem nenhum beijo e sem nenhum sentimento positivo em relação a ti,
Inês Freitas